27/11/09

Canchungo, 5 de Novembro de 2009



Estamos na Guiné há quase duas semanas… o tempo, apesar de ser muito diferente por aqui, vai voando, de tão diversificadas que são as vivências!

Chegamos no sábado, 24, de madrugada. Que experiência! A viagem de avião já por si só foi sui generis – não conseguimos imaginar quantos pacotes se podem meter nas bagageiras de mão… guineenses que regressam ao seu país por um longo período de tempo e aproveitam para se munir de bens por um ano; cooperantes, como nós, que tentam prevenir a falta de tudo com “kits de salvação” de todos os tamanhos, espécies e feitios, encaixados em malas e malinhas… só a paciência da tripulação tornou possível encaixar tudo e partir, embora com bastante atraso devido à ginástica.

O voo correu bem. À chegada, 1:40 em Portugal, a hospedeira informa que a hora local era de 4:40. Acertamos os relógios.

E, mais uma vez, o ar espesso de África nos acolhe mal colocamos um pé fora do avião… àquela hora da manhã uma tempestade tinha varrido Bissau e só restava a imensa humidade e as poças de água em todos os buracos (milhares) da cidade.

O Miguel lembrou-se de um comentário muito pertinente sobre este “aterrar em África” que leu num livro do Kapuscinski. No tempo das descobertas, e mesmo no tempo colonial, vinha-se de barco, demorava-se tempo e ia havendo uma aproximação à realidade. De uma forma gradual, ia-se chegando aos locais de destino, tendo tempo para a interiorização e mesma habituação às diferenças. Actualmente saímos de Lisboa e, quatro horas depois, aterramos num local completamente diferente. Uma pequena distância física e temporal. Uma enorme distância cultural e de modo de vida… sem nenhuma aproximação que nos vá preparando.

Viajamos directamente para o hotel, bem bom para as circunstâncias, ainda que sem água quente… um luxo desnecessário por aqui. Mas em contrapartida possuía uma ventoinha, bem por cima da cama, que funcionou toda a noite.

Sábado de manhã acordamos para nos virem buscar e levar até Canchungo, nossa cidade. Custa acreditar que estamos mesmo cá.

Depois de duas horas à espera começamos a ficar preocupados e a tentar contactar os nossos… A história é engraçada - parece que fomos todos enganados pela TAP… a hora em Bissau é apenas uma mais que em Portugal… toda a equipa portuguesa acordou 2 horas mais cedo para nada! Para primeira experiência na Guiné, não está nada mal… e o erro nem sequer foi de guineenses! :D

A viagem para Canchungo traz-nos à lembrança os maravilhosos “safaris” em Moçambique – verde, muito verde, e laranja forte da terra, e azul colorido do céu. No entanto, plano, como raramente se pôde ver.

A estrada é boa, muito boa. Faz-se Bissau-Canchungo, cerca de 70 km, numa hora. A ponte sobre o rio Mansoa, construída há quatro anos, permitiu que Canchungo, antes a horas de distância, agora seja “já ali” para a capital. Paga-se uma portagem para passar na ponte de forma a permitir a sua manutenção. Engraçado como aqui também se falam as distâncias em horas e não em km. É que estes podem não dizer nada, depende sempre do material e do estado das estradas…

A chegada a Canchungo é deprimente, faz pensar em como seria antes da destruição da guerra – uma rotunda de acesso à cidade que abre para uma grande avenida larga, com duas faixas, uma para cada sentido, um passeio largo a separá-las, ladeadas por árvores. Mais uma vez o verde e o laranja.

Hoje, o que sobressai são os grandes lagos feitos pela chuva no que resta do alcatrão da altura. É mais fácil fazer a avenida a pé do que de carro. Torna-se impossível fugir dos buracos, que ocupam todo o espaço da estrada.

Por toda a avenida há mercado – bancas improvisadas em bancos, nos passeios, pequenas mesas ou tendas. Canchungo fervilha de pequeníssimo comércio. Vêem-se também as pequenas lojas (estas de cimento) dos Mauritanos, dos Senegaleses, dos Chineses e até há uma da “portuguesa”.

A nossa casa, bem, não vale muito a pena descrever – podemos resumir dizendo que precisou de grande limpeza e arrumação… e continua a precisar de uma grande pintura… e de água! Ao fim de duas semanas, bem, para sermos sinceros, ao fim do primeiro dia percebemos que essa iria ser a nossa grande dificuldade. Como é possível viver sem água canalizada em casa? Acho que devemos refazer a pergunta, uma vez que grande parte da população mundial vive dessa forma. Como é possível alguém que sempre viveu com água canalizada passar a viver diariamente sem esse luxo? Pois… estamos a descobrir isso, várias vezes ao dia! Na hora do banho (e valha-nos o saco de banho de campismo que nos recomendaram), na hora de lavar os dentes, na hora de usar o WC, na hora de cozinhar e lavar alimentos e pratos e… e… é infindável o número de vezes que usamos as torneiras das nossas casas sem nos apercebermos desse milagre. E o ritual da água para beber? Filtrar, ferver, deitar gotinhas de lixívia… acho que não restará nada no nosso interior que não fique bem desinfectado!

A água chega a casa de quinze em quinze dias por cedência da missão católica aqui vizinha. Estamos a tratar disso mesmo nesta hora em que escrevemos. Existe uma mangueira enorme que se liga na torneira da missão, atravessa a estrada e enche todos os nossos bidões (há múltiplos espalhados pela casa). E bem, entre baldes, baldinhos e canecos, lá vamos distribuindo por todas as tarefas que necessitam de água… é de puxar pela criatividade!

Relativamente à alimentação, o forte é o arroz. Guineense alimenta-se de arroz. E pouco mais. Claro que nós vamos tendo acesso a outras coisas, nas lojas estrangeiras, apesar das limitações que possam imaginar. Vamos tendo atum, ovos, leite em pó, pão, margarina, óleo, massa, batatas… o básico existe. Há apenas um talho e muito pouco recomendável! Eu espreitei e jurei que não iria lá mais, pois rapidamente me tornaria vegetariana. Os homens da casa vão lá de vez em quando e trazem um pouco. Ah! Esquecia de dizer que temos um sistema de frigorífico muito especial – temos dois que funcionam com gás e electricidade alternadamente, mas um tem a parte gás avariada e outro tem a parte eléctrica… como o gás é muito caro, optamos por funcionar com a electricidade. Só que esta só vem entre as sete e a uma da tarde e entre as sete e as dez da noite, portanto… vamo-nos adaptado! Só não podemos ter nada que se estrague depressa lá dentro! :D É a aprendizagem da vida diária. Um dia de cada vez…

Fruta e legumes vão-se encontrando, mas sempre o que é da época e directamente da terra, portanto… nada de alface todo o ano e essas mordomias a que estamos acostumados. Às vezes temos saudades dos “frescos do Pingo Doce”. :D

A população de Canchungo, que administrativamente é o equivalente a uma sede de concelho em Portugal mas na realidade como as nossas pequenas aldeias, é muito acolhedora. Facilmente nos sentimos em casa. Também não podemos esquecer que nenhum de nós sofre já com a adaptação ao ambiente “África” – as experiências em Moçambique, e mesmo a viagem do Miguel no mês de Agosto, permitem que esse choque inicial tenha sido ultrapassado sem grandes dificuldades. É como passar a viver noutro mundo, noutra dimensão (sem dúvida nenhuma), mas que também já faz parte de nós, já é um pouco de casa que nos acolhe de cada vez que cá estamos.

Durante a primeira semana, o Cirilo, técnico guineense da FEC que passa a semana connosco em Canchungo, apresentou-nos a todas as instituições possíveis por aqui – liceu, escolas, missões, hospital, entidades administrativas e escolares, rádios locais, etc… A cidade é bonita e conforme saímos um pouco da avenida central (onde nós vivemos) entramos numa paisagem natural lindíssima, cheia de verde, de horizonte, de sol e cor. Tem mesmo um rio onde se pode nadar um pouco.

O Cirilo tem sido uma pessoa importantíssima na nossa integração pois, para além de ser guineense e falar crioulo (a língua que todas as pessoas falam por aqui), já está na FEC há um ano, o que nos permite alguma continuidade, apesar da mudança. Para além disso, ele é uma pessoa interessantíssima, que estudou língua e literatura portuguesa no Brasil, durante cinco anos, e que tem uma vida riquíssima de histórias. Tem sido um bom guia para nós.

Ah! E não podemos deixar de chamar a atenção para um facto curioso – só conhecemos um guineense no Porto, grande amigo nosso por sinal, o Roberto. Não é que ele é mesmo de Canchungo (de uma tabanca próxima), estudou cá e é famosíssimo? Trouxemos connosco cartas dele para os padres e os amigos, o que também nos abriu logo muitas portas. Para além disso, descobrimos pouco antes de virmos que o padre português cá da missão é tio de uma colega nossa aí do Porto. O mundo não é mesmo muito pequeno? Melhores cartões de visita não podíamos ter…

No fim-de-semana fomos para Bissau, onde nos encontramos com toda a equipa FEC no país (11 pessoas – 8 portugueses e 3 guineenses) para apanharmos juntos o barco expresso para uma das ilhas de Bijagós – Bubaque. O objectivo era estarmos todos juntos para prepararmos o ano de trabalho em cada região, ao mesmo tempo que criávamos dinâmicas de grupo entre nós (team building) e aproveitávamos do belíssimo paraíso que a natureza de Bijagós proporciona.

Fazemos aqui um parênteses para explicar quem somos e o que fazemos (apesar de irmos desbravando isso noutros momentos ao longo deste ano, com certeza):

- equipa em Bissau – o gestor do projecto (Simão), a coordenadora pedagógica (Ana), uma investigadora, a Catarina(colocada a estagiar na FEC através do programa INOVMUNDOS) e um logístico guineense, o Domingos

- equipa em Canchungo – o Miguel, ponto focal da FEC no local e coordenador da gestão e administração escolar, eu, supervisora pedagógica da formação de professores na região de Cacheu, e o Cirilo, técnico formador guineense

- equipa em Bafatá – replicação da equipa em Canchungo (a Rita, a Ana e o Luís)

- equipa em Mansoa – a Susana, técnica de comunicação, que trabalha com as rádios locais, com o objectivo de ajudar na divulgação e correcção da língua portuguesa. Virá uma vez por semana a Canchungo, apoiar a rádio, onde o Miguel participará num programa semanal em parceria com um professor de língua portuguesa aqui do liceu (grande amigo do nosso Roberto), o Marcolino.

A viagem foi engraçadíssima – aqui não há rede de transportes estatal. Assim, há um tipo de serviço de táxi, com direito a lugar para paragem e tudo, em que particulares alugam os sete lugares das suas carrinhas (daí chamarem-se sete places, à francesa). Mas o transporte não tem hora. Parte quando encherem os sete lugares… portanto, e como tínhamos de estar em Bissau às nove, fomos para a paragem às sete da manhã, esperando que enchesse rápido a fim de podermos partir. Nada parecido com o nosso stress matinal aí nas grandes cidades :D

E o nosso baptismo nas “sete places” foi do melhor – para além de nós os três, fomos com duas senhoras que levam peixe de Canchungo para Bissau… Imaginem a maravilha de viajar numa carrinha como as nossas, onde vão oito pessoas, as respectivas malas… e duas grandes bacias de peixe… Quando o carro estava em andamento, e com as quatro janelas abertas, lá se ia (com a cabeça de fora, sobretudo), mas quando o carro parava por qualquer razão… pensei que ia morrendo…

Aproveitando a ida a Bissau fomos, todos os portugueses recém-chegados, à embaixada portuguesa tratar da nossa documentação. É estranho estar em território português a tantos km de distância! E a senhora que me atendeu, portuguesa, até tem família em Rio Tinto!

Depois de grande correria e de muita burocracia lá fomos para o porto de Bissau. A partida do barco tem de ser numa altura muito precisa, uma vez que depende das marés.

Aqui aconteceu uma situação daquelas que só se passam em África, onde parece que nada acontece mas, por outro lado, tudo pode acontecer. O nosso “chefe”, Simão, andando a tratar de tantos assuntos, acabou por chegar atrasado ao barco, perdendo-o. Ficou combinado que ele iria tentar ir lá ter de canoa, no dia seguinte. Mas ele lembrou-se de telefonar ao “Patrício”, aquela personagem que existe em todos os locais destes – o português que decidiu ficar apesar de todas as guerras e hoje é aquele que conhece tudo, resolve tudo e desenrasca tudo. Não é que este conhecia alguém que tem uma avioneta particular que faz serviço de táxi para um hotel chiquíssimo lá em Bijagós e que tinha mesmo de ir lá buscar um grupo de hóspedes? Imaginem a nossa cara quando, após cinco horas de barco, chegamos ao porto de Bubaque e vemos o Simão, todo sorridente e com um ar fresquíssimo, à nossa espera. Ficamos possessos com ele… e acreditem que só depois de falarmos ao telefone com o tal Patrício acreditamos na história… This is Africa!!

A nossa viagem não foi má… passamos as cinco horas na conversa entre o sol do exterior e a sombra (abafada e mal cheirosa) do porão de segunda classe. Na primeira vem-se melhor mas é mais cara, e na terceira, morre-se sem ar. Nós jogamos pelo meio termo. Torramos, literalmente, ao sol, e até eu ganhei uma corzinha.

Pelo caminho vêem-se várias ilhas do arquipélago. É mesmo bonito!

A chegada do barco é o grande momento semanal - esquecia de dizer que o barco parte de Bissau às sextas e regressa a Bissau ao domingo. Fora disto, só se pode ir de canoa (o que não é muito seguro devido às marés)… ou de avioneta, pelos vistos!

O porto estava cheio de gente à espera do barco, vale a pena ver o colorido das roupas dos muitos que vieram ver quem chega.

Foi um fim-de-semana fantástico! Ficamos num hotel muito engraçado e em conta (para os nossos bolsos, claro)… Pudemos comprovar, com grande satisfação, que é mesmo verdade o que tínhamos ouvido dizer de que em algumas casas a água chega através de canos e sai quando se abre uma coisa a que chamam torneira!! :D Já quase não nos lembrávamos disso… fartamo-nos de tomar banho! E lavar os dentes nunca me pareceu tão fácil! :D

Bem, vou abreviar… passamos o fim-de-semana entre praias lindíssimas (apesar do banho ter de ser com sapatos porque a água está cheia de raias!), dinâmicas de grupo, reuniões de equipa, passeios, jantares em locais estranhos (óptimos para Canchungo, pouco indicados para quem se sente a fazer férias de rico…)… A verdade é que comemos carne e peixe que nem eram enlatados nem tinham um cheiro esquisito… Como no domingo era dia de fiéis defuntos e aqui os feriados ao fds passam para a segunda seguinte (brilhante ideia, ora digam lá!), segunda foi feriado. Consequentemente (!) o barco deixou de partir no domingo e passou para segunda… Ora que pena! Lá ficamos mais um dia “presos” nas ilhas de Bijagós. Aproveitamos para apanhar uma canoa para a ilha de Rubane e aproveitar as suas belas praias, enquanto fazíamos mais umas reuniões de planificação e dinâmicas de grupo.

Ficamos com a certeza de que uns fins-de-semana na civilização nos vão fazer muito bem!! :D

De regresso a Bissau, fomos jantar a um restaurante português de luxo (isto é sempre relativo, ok? Aí poderia ser uma tasca, mas aqui… tem menu escrito, sobremesas e café! É mesmo um luxo!)

… que estranho! Apercebi-me que esse é o tipo de vida normal dos cooperantes cá em Bissau – saltar de local em local o mais parecidos com a realidade europeia possível… Não posso dizer que não me tenha agradado o fds “à branco” mas (e excluindo a parte da falta de água, note-se bem), sinto-me mais feliz vivendo nas regiões, com as comunidades das tabancas e sentindo a Guiné no seu dia-a-dia, do que vivendo em Bissau, rodeada de brancos, fazendo vida social nos locais de brancos e tendo de fazer “qualquer coisa de especial” para “sentir a Guiné”, como ouvi dizer entre cooperantes em Bissau. Parece-me estranho estar a viver na Guiné e ter de procurar qualquer coisa para “sentir a Guiné”… Claro que precisamos dos nossos equilíbrios mas eu prefiro sentir a Guiné todos os dias (afinal foi a minha opção!) e ter um fds à branco de vez em quando, para recarregar energias. Mas isto daria uma bela discussão…

A noite acabou por ser atribulada. No hotel onde ficamos, caro por sinal, chegou um gambiano bêbedo que arranjou alguns distúrbios. Meteu polícia e tudo… uma bela acção à África, mas nada de preocupante. Ficamos no nosso canto e tudo passou.

Na terça, mais uma odisseia, burocrática… Nem dá para acreditar! Fomos três vezes à imigração para conseguirmos a autorização de residência – na primeira, a senhora que nos devia atender estava para fora; da segunda vez que voltamos, a senhora estava ocupada a fazer a conferência do material e não nos pôde atender; da terceira… bem, tinha acabado a tinta para as impressões digitais e como aqui é preciso a impressão de todos os dedos das duas mãos… viemos embora sem nada feito! Teremos de voltar, apesar de termos perdido uma manhã nisto… This is Africa! :D

Bem, a verdade é que não se perdeu tudo… nos entretantos fomos fazendo algumas compras para levar para Canchungo. É que aqui há mercados para ricos onde se encontram alguns produtos que não há nas regiões. Portanto, abastecemos para alguns dias. Ah! E tratamos da internet… pode ser que haja solução à vista. E descobrimos uma esplanada que se chama “Oporto”, cujo dono se chama Zé António e é de Campanhã (!!), tem internet wireless e serve café da Nespresso… Viva Bissau! :D

Bissau deve ter sido uma cidade lindíssima – ordenadíssima a nível urbanístico, com grandes avenidas e quarteirões traçados a régua e esquadro, construída junto ao porto, com edifícios bem bonitos, ao estilo colonial, cheia de jardins e árvores elegantes. Demos umas voltas pela cidade, que hoje está totalmente destruída, em ruínas, e deu para ver a confusão de trânsito e pessoas que aí existe. Já é uma cidade africana, com todos os problemas inerentes.

E voltamos à nossa Canchungo… Já tinha saudades, tenho de confessar! Viva a vida calma das regiões!! :D

Esta semana andamos a visitar as tabancas num verdadeiro corta-mato, mas isso… fica para o próximo número!

6 comentários:

Lurdes Silva disse...

Olá, adorei ler os textos, nem me incomodou serem grandes,achei graça às histórias, se calhar essa pessoa de Rio Tinto ainda é meu familiar, é que tenho uns primos por aí. Fico à espera de mais noticias e mais fotos, vou divulgar o vosso blog no meu, e a morada também, pode ser que alguem queira contribuir. Desejo-lhes tudo de bom, pois merecem pelo que estão a fazer, que Deus os acompanhe. Muitos bjos cheios de saudades.
Lurdes Vieira

Tania Pinto disse...

T.I.A.(This Is Africa) foi a expressão que dominou a minha experiência em Angola!é uma expressão mesmo bem conseguida! Como eu adoro "ouvir falar" dela...
Muitas Felicidades e Aventuras!
bjinhos aos dois

Pedro Ribeiro Pereira disse...

Numa mera tentativa de glorificar o que acabei de ler, lá decidi fazer algo de raro, mas aqui necessário: comentar.

Minha querida professora La Salete, já lá vão uns cinco anos desde que me fez amar, definitivamente, a tal História. Tantas vezes incomparável às suas histórias. Às vossas histórias.

Acima de tudo, e sabe-o, admiro-a de uma forma profunda. Eu armado em estudante de Direito, na FDUP (ainda não lho tinha dito), e lá acabo por viver tudo isto outra vez. Ler, querer saltar para esse lado. Um dia irei fazê-lo, prometi-lhe e prometo-o a mim mesmo.

Que tudo corra pelo melhor. Que todos vós sejam tão felizes, quão fazem, permanentemente, todos esses guineenses (e não só).

Afirmo claramente: quando for grande quero ser como a professora. Sério!

Obrigado por me ir permitindo acompanhar tudo isto.

Sabe bem o carinho que sinto por si. Uma extraordinária experiência, para todos vocês, tão extraordinários.

Um abraço repleto de admiração,
Pedro Pereira (Ermesinde)

Fernando Santos Ferreira disse...

Pensei em responder ao vosso mail, mas aqui será o local ideal.
Estou muito orgulhoso de poder dizer que vos conheço.
Sendo de Macau, conheço de perto dificuldades semelhantes (nos países mais pobres do Oriente), mas vocês vivem-nas e partilham-nas com eles.
Viver e sentir a Guiné é viver com eles, sentir o que eles sentem. Pelas fotos, imagina-se alguma coisa, com o que contam aqui, mais um pouco, mas só vivendo e partilhando com eles se percebe o que lhes vai na alma.
Obrigado por serem quem são e se dedicarem ao ser humano mais necessitado na verdadeira acepção da palavra, vocês contribuem para um mundo melhor.
As vossas aventuras são sempre em prole do próximo e isso dá-lhes um significado especial.
Adorei ver a alegria estampada nas vossas fotos. Ainda bem que estão felizes, o mundo precisa de muitas LaSaletes e Migueis.
Se houver algum movimento de contribuição para a construção da escola digam, eu entro.
Orgulho-me de ser vosso amigo.
Estou meio sem palavras, um grande abraço e "keep up the good work".

Fernando Santos Ferreira (Porto)

Adelaide Grumete disse...

Olá Dª La Salete e Drº Miguel

Parabéns pelo vosso trabalho, "mais bem aventurado é aquele que dá do que aquele que recebe".
Não tenho palavras para descrever tantas emoções sentidas ao ler as vossas aventuras.
Votos de muitas felicidades.

Um grande abraço Adelaide Grumete

Anónimo disse...

Ratifico o presente e orgulho-me de conhecer pessoalmente a Srª Profª La Salete e o Miguel, desde já parabéns a todos. Pessoas com tamanha capacidade e entrega, onde a partilha sustenta todo um sacrifício de saudades, das guloseimas, das referências, não tem sido fácil cruzarem-se na minha vida.
Imagino como irá o vosso ego de tanto superar dificuldades, tropelias e privacidades.
"Mas tudo vale a pena quando a alma não é pequena".
Em breve teremos algumas novidades colaborativas, não existe nada em concreto para já. A seu tempo, em breve, divulgaremos como é possível ajudar este vosso sonho, apelando a ajuda de todos quantos acreditam neste projecto.
Reuni-me com a Drª Eunice e a Ângela e já fervilham algumas ideias, agora é por em prática, tendo sempre em consideração a transparência, a segurança e a utilidade de todas as propostas apresentadas, por quem quer que seja. Um lápis, logicamente, terá de ter uma folha para escrever.
O "Tuga" não é imenso, não é grande, mas é bom...

Obrigado por tudo.

Beijinhos e Abraços